quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

111

111 tiros, 86 deles de fuzil em um Fiat Palio na periferia.
E se fosse em uma Mercedes Bens em bairro nobre?
Como estariam as coisas?
O que estaríamos lendo sobre isso?
o que estaríamos assistindo sobre isso?
o que estaríamos comentando sobre isso?

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Quando se nasce com a "meia condenação"?

Depois da tragédia dos quatro jovens assassinados dentro do carro pela PMRJ busquei em vários canais mais informações.
Mas, por incrível que apareça, ou melhor, mais óbvio do que se percebe, foi nos comentários na fanpage do O Sensacionalista é que vi a real face nefasta do preconceito e da baixa intelectualidade.
Li vários comentários ótimos, reflexivos, consciente e crítico. Entretanto, a maioria foi respondido com opiniões rasas, de um límpido preconceito que vai além da ignorância. Entre tantos, havia xingamentos, misturebas políticas, revanchismos, teve um sujeito que pediu que no Brasil fosse instituído o Código de Talião.
Se nossa sociedade não consegue entender sem julgar antes é um problema.
Contudo, se nossa sociedade sentencia sem análise, a vaca foi pro brejo... corram para as colinas que estamos a um degrau (para baixo) do fascismo.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Síndrome de Madalena Arrependida.

Vemos diariamente telejornais e programas sensacionalistas defendendo direta ou indiretamente a ideia de "bandido bom é bandido morto". Mas, de repente, cinco jovens (inclusive com sonho de serem militares) são assassinados em uma "emboscada oficial" pela PMRJ. Então, nesse momento os apresentadores fazem cara de tristeza e hipocritamente lamentam o ocorrido.
O telejornalismo virou teledramaturgia de baixíssima qualidade.

sábado, 28 de novembro de 2015

Bom para pensar e repensar.

A autoria é duvidosa. Entretanto, os apontamentos são inegáveis.
Escritora holandesa, falando sobre o Brasil.
"Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado. Só existe uma companhia telefônica e pasmem: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.
Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.
Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.
Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.
Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de ‘Como conquistar o Cliente’.
Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos...
Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa. Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc… Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.
Os dados são da Antropos Consulting:
1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.
2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.
3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.
4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.
5. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.
6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.
7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.
8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.
9. Telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas..
10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO-9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.
11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.
Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?
1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?
2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?
3. Que suas AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?
4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?
5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?
6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?
7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem? Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando.
É! O Brasil é um país abençoado de fato. Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos. Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques. Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente. Bendita seja, querida pátria chamada BRASIL!
(Aliefka Bijlsma)

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

O que realmente assunta?

Assunta ver político eleito na confiança do povo ser preso por corrupção?
Sim.
Assunta ver jornalista pregando o ódio nas telas de televisão?
Sim.
Assunta ver um linchamento?
Sim.
Assunta ver pessoas explodindo em bombas e em bombardeios?
Sim.
Mas, o que realmente assusta é ver muita gente comemorando todos esses fatos como se fossem gols em final de campeonato mundial.
Nesses casos, bastava o silêncio da vergonha.
Claro que pedimos justiça, mas o que é "justiça" ou Justiça?

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Proteja quem não teve a oportunidade de estudar.

Proteja quem não teve a oportunidade de estudar.

A grande obrigação de quem estuda é proteger as pessoas que não tiveram essa oportunidade. Elas precisam saber bem, pois caso contrário, saberão mal as coisas que deveriam ser sabidas.
Inicio esse texto revelando a mensagem central dele, portanto dessa forma iremos a outro nível no pensamento, abandonamos a fase do flerte e vamos direto ao assunto, o que quer dizer isso?
Não é de hoje, portanto, muito menos de agora, que a ideia que a tecnologia veio para revolucionar a maneira com que as pessoas se relacionam. E seguindo essa esteira, que a tecnologia tem enorme potencial transformador na educação.
Entretanto, vamos devagar nisso. É fundamental buscar o entendimento do que é educação e qual o seu papel. Bem que poderíamos citar inúmeras correntes filosóficas e seus notáveis defensores agora. Mas, não. Ficaríamos imersos em pontos e contrapontos e a ideia não fluiria.
Então o que significa a provocação inicial?
Não é uma provocação. É um mantra que todo professor deveria recitar repetidamente a todo instante.
Acredito, dentro do meu entendimento, que o papel de quem estuda, em todos os níveis, seja professor ou o estudante propriamente dito, deveria ser de proteger quem não teve essa oportunidade. Quando digo proteger envolvo além dos elementos externos o próprio sujeito de si mesmo.
O sujeito que não sabe e que se mantém na ignorância, não necessariamente carrega sozinho essa culpa, ou característica. Vivemos em uma sociedade que permite e até perpetua essa situação, e que por vezes até estimula essa inércia.
A fragilidade de ideias e atitudes de uma pessoa sem estudo é muito grande e fica exposta nas conversas, nas redes sociais, no trabalho, enfim, na vida. Isso, de repente, prejudica a si e atinge a sociedade de modo geral.
Assistimos atônicos diversas manifestações nas redes sociais, lemos diariamente métricas de opiniões recheadas de ódio, preconceito, sem o mínimo discernimento.
Todavia, confesso como professor que não consigo passar ao largo. Quando leio ou escuto algo absurdo. Quase surto (fazer o quê?). Enfrento a discussão, mesmo sabendo da possibilidade de não mudar o ponto de vista de meu interlocutor, busco argumentar incessantemente.
E por que fazer isso? Pelo simples fato que não conseguir ficar calado frente ao absurdo ao intragável, pelo simples fato que não deixar impune, sem oposição, as ideias frouxas.

Enfim, a grande obrigação de quem estuda é proteger as pessoas que não tiveram essa oportunidade das manipulações e das más intenções. Elas precisam saber bem, pois caso contrário, saberão mal as coisas que deveriam ser sabidas e ainda perpetuaram o tão prejudicial senso comum.

Velocistas X Maratonistas

Velocistas X Maratonistas

Velocistas, dentro do atletismo são os especialistas em corridas de velocidade de curta distância, a mais famosa de 100m rasos. Podemos exemplificar com nomes como do jamaicano Usain Bolt, (28 anos; 1,98m de altura; 94 kg), ou do também jamaicano Asafa Powell (32 anos, 1,90m de altura; 87 kg), até mesmo o brasileiro Robson Caetano, hoje com 50 anos, mas na época de atividade tinha 82 kg e 1,89m.
Maratonistas, no mundo do atletismo são atletas especializados em correr grandes distâncias (Maratona Olímpica: 42.195km). Nesse caso, podemos citar nomes como do ugandense Stephen Kiprotich (26 anos; 1,72m; 56 kg), a britânica Paula Jane Radcliffe (41 anos; 1,73m, 54 kg) ou do nosso querido Vanderlei Cordeiro de Lima, hoje com 45 anos, mas quando em atividade tinha 54 kg distribuídos em 1,68m.
É evidente que essas características físicas, e por que não as psicológicas também, são definidas ao longo anos e de duros treinos.
Entretanto, nos saltam aos olhos as medidas específicas bem como o porte atlético que cada modalidade exige. Simplificando, os atletas velocistas, pelas próprias necessidades de explosão muscular e de arranque têm um porte mais avantajado, na outra ponta os atletas fundistas têm corpos adaptados às corridas de grandes distâncias.
Enfim, a questão aqui é refletir o que as escolas produzem frente ao o que a sociedade precisa e o que o mercado de trabalho exige. Precisamos nos questionar se a Escola não está entregando um velocista, que percorre o circuito de 100m em menos de 10 segundos, quando é necessário um fundista para percorrer 42 quilômetros em torno de duas horas, ou o contrário.
Ainda dentro da obviedade, precisamos pensar que se for para produzir “velocistas”, os professores devem entender muito sobre essa categoria e as instituições também. No outro caso, se for para produzir “maratonistas”, o mínimo desejável, é que os professores sejam especialistas nessa tipologia e que as escolas forneçam os meios necessários. E, também, que a política governamental para a Educação seja séria e comprometida.
Então, vejamos a questão de perto. As dessincronias entre as escolas, os professores, os alunos e o mercado, dentro de uma aproximação econômica, nos faz pensar de forma preocupante acerca da competividade, em diversos níveis, de nosso país frente às demais nações influentes mundialmente.
É evidente que precisamos acertar os passos dos relógios para que possamos então caminhar no mesmo ritmo. Pois, como diz Castells, “a vida é fluxo”, portanto precisamos seguir em frente e no mesmo caminhar.